2016 foi um ano marcante no mundo digital. O Facebook lançou sua função de vídeo ao vivo e o Instagram fez o mesmo. Com o sucesso do Pokémon GO, as pessoas se familiarizaram com a realidade aumentada, a Microsoft adquiriu o LinkedIn, e Lil Miquela foi apresentada ao público.
Naquela época, ninguém poderia prever se o fenômeno dos influenciadores virtuais seria apenas uma moda passageira ou se se tornaria uma parte constante das nossas vidas. Oito anos se passaram e aqui estamos. Eles nunca desapareceram. Pelo contrário! Vários criadores virtuais surgiram ao longo dos anos e competem de igual para igual com influenciadores reais.
Mas será que existe realmente uma competição? Influenciadores virtuais são tão eficientes quanto humanos? Nosso artigo vai resumir nossa pesquisa de 2024 sobre influenciadores virtuais, especificamente como eles se comparam com os criadores humanos.
O que é um influenciador virtual?
Um influenciador virtual é um personagem criado por software de computador. Seus aspectos podem variar de humanos realistas a figuras animadas ou amorfas. O que todos eles têm em comum é que agem como pessoas reais. Eles têm contas em redes sociais, postam conteúdo, interagem com seus seguidores e promovem marcas e seus produtos. Influenciadores virtuais já estão presentes há algum tempo, chamando a atenção do público, e parece que as empresas também estão se adaptando a essa tendência.
Qualquer pessoa pode criar criadores gerados por computador com as ferramentas, conhecimentos e recursos adequados. De fato, os mais populares foram criados por designers gráficos, agências ou marcas. Eles definem a aparência, personalidade, interesses e nível de expertise dos influenciadores e fornecem a eles uma história de fundo.
O que torna esses influenciadores tão atraentes para as marcas é que eles são fáceis de mobilizar, são únicos, isentos de controvérsias e têm um desempenho surpreendente. Quão bem? Você vai descobrir em breve.
Sobre a pesquisa de Influenciadores virtuais da HypeAuditor
As colaborações entre influenciadores CGI e marcas na segunda metade dos anos 2010 foram bastante esporádicas. No entanto, nos últimos anos, o número de parcerias aumentou. Desde 2020, o uso das redes sociais e a digitalização explodiram, assim como o número crescente de colaborações com influenciadores gerados por computador.
Em 2020, a HypeAuditor realizou sua primeira pesquisa sobre influenciadores virtuais. Desde então, todos os anos, estudamos as tendências de seguidores, a demografia do público, as principais categorias e se eles são impactados por fraudes de influenciadores. Este ano, fomos além e examinamos suas taxas de engajamento. Além disso, não apenas acumulamos dados, como também comparamos com o desempenho dos influenciadores humanos.
Você pode baixar os resultados da 4ª edição da nossa pesquisa. No entanto, hoje vamos mostrar uma das nossas principais descobertas.
Os influenciadores virtuais estão superando os humanos? Os resultados
Nossa pesquisa incluiu criadores virtuais no Instagram com mais de 1K seguidores. Para entender melhor os dados, agrupamos os influenciadores CGI em categorias semelhantes às dos humanos.
Nano-influencers
O maior grupo com menos seguidores (1K-10K) são os nano-influenciadores.
77% dos influenciadores humanos no Instagram e apenas 48% dos virtuais pertencem a essa categoria.
As diferenças não param por aí. A taxa média de engajamento (ER) dos nano-criadores no Instagram é de 2,13%, enquanto a dos nano-influenciadores virtuais é o dobro (4,6%). Nano-influenciadores humanos têm a maior ER entre todos os 5 níveis, mas entre os influenciadores virtuais, os nanos têm a segunda maior.
Micro-influencers
Micro-influenciadores são o segundo maior grupo entre criadores humanos e virtuais. 28% dos criadores de conteúdo humanos no Instagram têm entre 10k e 50k seguidores, e 18% dos influenciadores virtuais pertencem a essa categoria. Micro-influenciadores são os próximos melhores parceiros das marcas porque são relativamente baratos, frequentemente são especialistas em um nicho específico e têm uma forte conexão com seu público. Eles produzem uma boa ER; criadores humanos 1,34%, e virtuais 3,07%.
Influenciadores de médio porte
Entre todas as categorias de influenciadores, os influenciadores virtuais de médio porte são os que têm o melhor desempenho. Eles geram uma impressionante ER de 6,5%, em comparação com 1,13% dos humanos. Influenciadores de médio porte têm um tamanho de público de 50K-500K e 16,5% dos influenciadores CGI pertencem a essa categoria, em contraste com 4,5% dos humanos.
Influenciadores virtuais de médio porte têm uma audiência grande o suficiente para garantir alta exposição e alcance e produzem conteúdo de alta qualidade para gerar alto engajamento.
Macro-influencers
Influenciadores nesta categoria têm um tamanho de público de 500K-1M. 0,2% dos criadores humanos e 2,5% dos influenciadores virtuais pertencem a esse grupo.
A taxa de engajamento dos macro-influenciadores reais é de 0,87%. No entanto, os macro-influenciadores virtuais também se destacam aqui. Sua ER (3,06%) é quase tão alta quanto a taxa de engajamento dos micro-influenciadores virtuais.
Mega-influencers
Por último, mas não menos importante, temos os mega-influenciadores com mais de 1 milhão de seguidores. Eles são o menor grupo entre os influenciadores humanos e o segundo menor entre os virtuais. Apenas 0,16% dos humanos e 4,6% dos criadores CGI pertencem a essa categoria. Criadores CGI conseguem gerar uma ER de 1,09%, enquanto seus colegas humanos têm apenas 0,6%.
No geral, os influenciadores virtuais superam os criadores humanos em ER em todas as categorias.
Por que os influenciadores virtuais têm ER mais alta que os humanos?
Eles são personagens gerados por computador. Sua aparência pode ser ajustada de acordo com os requisitos dos clientes ou os critérios de uma campanha.
Seu comportamento, histórico, interesses e habilidades são cuidadosamente roteirizados. Eles são gerenciados por profissionais que scriptam cada movimento e postagem.
Devido aos pontos anteriores, eles mantêm uma mensagem e aparência consistentes em várias plataformas de mídia social.
Eles nunca agem de forma escandalosa, tornando-os muito confiáveis e previsíveis.
Eles nunca dormem, nunca envelhecem, nunca tiram férias nem ficam doentes.
Eles não estão limitados por fronteiras físicas e geográficas. Se necessário, podem acessar o Instagram de uma festa de karaokê em Tóquio e, uma hora depois, de uma festa na praia em Ipanema.
Podem se transformar em um fenômeno global sem precisar viajar para o local. Eles alcançam pessoas de diferentes origens, etnias e idiomas com mais facilidade do que os humanos.
Conclusão
Os resultados da nossa pesquisa mostram claramente que os influenciadores virtuais superaram os humanos em todas as categorias. Seu sucesso pode ser atribuído às suas personas cuidadosamente curadas, postagens consistentes e confiabilidade. Ou pode ser explicado pela sua novidade e pelo espanto do público com a virtualidade e a IA. Com os avanços tecnológicos, o círculo de influenciadores gerenciados por IA vai se expandir; de fato, já apareceram. No entanto, as marcas devem considerar seu público-alvo e seus objetivos antes de embarcar em uma parceria com eles.
Nosso guia fornece mais informações sobre a demografia do público dos criadores virtuais, principais categorias e se eles são afetados por fraudes.
Confira a 4ª edição da nossa pesquisa sobre influenciadores virtuais e descubra se eles estão aumentando ou diminuindo seus seguidores, quais demografias atraem e se têm um desempenho melhor ou pior em comparação com os criadores humanos.
